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14-10-2013

Artigos

MÉDICOS NOS EUA ENVOLVIDOS NA TORTURA



Depois de a Amnistia Internacional e o HRW, Human Rights Watch, terem tornado público no dia 22 de Outubro 2013, um relatório sobre a ilegalidade do uso de drones, aviões sem tripulações, pelos EUA,  foi publicado um relatório,  por um grupo de trabalho a favor da preservação do profissionalismo médico nos centros de detenção da segurança nacional norte-americana.  A conclusão a que chegaram foi: médicos e psicólogos ao serviço do exército norte-americano violaram os códigos de ética profissional ao abrigo do Departamento de Defesa e da CIA com o fim de terem um papel ativo nos atos de tortura e no tratamento degradante a que terão sido sujeitos, os suspeitos de terrorismo depois de 11 de Setembro 2001. O documento refere que os profissionais de saúde,  que trabalhavam com os militares e os serviços secretos, conceberam e participaram em tratamentos cruéis, desumanos e degradantes para os detidos. Foi dito a estes profissionais que a sua primeira lei ética- "primeiro não causar nenhum dano" - não se aplicava, uma vez que não estavam a tratar doentes. Tudo isto foi o resultado de um estudo que se prolongou por dois anos, contando com os esforços de uma equipa de 19 elementos, assim como o relatório emitido na segunda –feira, 5 de Novembro de 2013,  pelo "Instituto de Medicina como Profissão" da Universidade de Columbia e da Open Society Foundation. Embora as piores violações, citadas no documento, tenham ocorrido antes de 2006, a prática da alimentação forçada continua a ser usada contra os detidos que recorrem à greve de fome, como forma de protesto, na prisão da baía de Guantánamo. Quem não se lembra da promessa do actual presidente Barack Obama de encerrar esta prisão, quando tomou posse? Aos médicos do exército foi dito que " se tratava de uma situação de emergência  e que a segurança nacional estava em jogo".  Como sempre, a palavra mágica, segurança nacional, mais uma vez usada para cometer crimes. Outros exemplos:  a  guerra ilegal contra o Iraque, as mentiras quanto às armas maciças, os crimes de guerra no Iraque e no Afeganistão, a guerra duvidosa contra a Síria, o apoio aos rebeldes/ Al-Qaeda na Síria, o assassínio das vitimas inocentes com drones (danos colaterais), os voos ilegais com "terroristas" para serem torturados  em outros países, a espionagem levada a cabo em todo o mundo, a prisão e a morte de  jornalistas e whistleblowers e agora a tortura  por médicos do exército.  É este o país que declara guerras com o argumento de querer  instalar a democracia?  Ou, é esse o país que somente usa esta fábula para prolongar e estimular a sua  economia de guerra? A conclusão não pode ser mais clara. Só um cego não pode ver o que se passa aqui e agora. O mais trágico é que esse cego existe: a imprensa "mainstream", que manipula a informação e engana o povo.


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